sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Workshop em Fotojornalismo, na Universidade Lusófona.

Dirigido por Henrique Bento, um "Burguês Autodidacta", licenciado em Cinema e presentemente professor Universitário.
Googlei à procura de mais, e só achei que até o
site era genial!

[5 sábados a aprender fotografia? Eu estou lá, e tu?]

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Um dia entrevistei um amigo que quer ser político...

[...hoje é o dia de mostrar isto ao mundo!]

A escola que o viu crescer durante o secundário foi o palco de uma entrevista onde o jovem político de Alverca reflectiu sobre o seu percurso, as suas convicções e os seus desejos futuros. Num ambiente nostálgico e sereno, para além de falar de si, Sérgio Dundão, um angolano estudante de Ciências Políticas, analisou o estado da politica, principalmente em Portugal. Desencantado, agora que começa a descobrir as fragilidades existentes politicamente, o jovem promete regressar a Angola, assim que tiver oportunidade, para levar esperança ao seu pais. Persistente, Sérgio continua a encontrar fascínios no mundo politico que o envolve com a sua complexidade.

O que é que mais te fascina no mundo da política?
Se eu te disse-se que , inicialmente, tinha noção de que, um dia, seria esta a área que iria ingressar, estaria a mentir-te. Acho que o primeiro aspecto que me levou para o curso de ciência política foi o facto de ter uma grande necessidade de conversar. Não foi, de todo, por ter a noção daquilo que queria, realmente, fazer. Ainda estava em Angola e já muita gente me dizia ‘um dia vais ser político‘, porque, apesar de na altura só ter 12 anos, já conversava politicamente, principalmente no seio da família. Fiz o secundário sempre convencido de que seguiria história, uma vez que era a minha disciplina preferida, no entanto, quando cheguei ao 12º ano, influenciado por alguns professores que sabiam do meu gosto em acompanhar política, procurei escolher uma área de maior amplitude e conhecimento, por isso, candidatei-me ao curso de Ciências Políticas e Relações Internacionais, para poder ter uma visão abrangente sobre duas coisas que me interessam particularmente. Hoje em dia, sei que o meu discurso é muito mais fundamentado e que cresci imenso politicamente. Cada vez mais, acho interessante compreender o jogo de como é que a política funciona porque, na minha opinião, a ciência política é muito complexa.

E é essa complexidade que também te fascina?
Sim, sem dúvida. A ciência política não é exacta e baseia-se, sobretudo, na própria história. É necessário perceber essa linguagem e adapta-la aos contextos actuais.

Dizes que, desde sempre, foste um conversador. Consideras-te, também, um manipulador?
[risos] Todo o discurso é manipulador. Um pai, por exemplo, tem discursos dissuasores para com os filhos, de forma a que estes tomarem decisões que vão de encontro às perspectivas do próprio pai. O político tem exactamente a mesma posição porque, a partir do uso das palavras, tenta dissuadir as pessoas. Quando converso com alguém tenho sempre tendência para cativá-la e a vender o meu discurso. Se disse-se que não, estava a ser hipócrita, porque todos temos tendência para fazer isso. O problema da manipulação é quando esta não tem valores ou princípios e esconde alguma coisa, mas, de resto, em todos os discursos os indivíduos são obrigados a convencerem-se mutuamente.

Fazes, ou fizeste, parte de algum movimento político?
Recebo muitos convites para ingressar em juventudes partidárias, no entanto, acho perigoso associar-me a qualquer um desses movimentos enquanto ainda estou a assimilar o que é a ciência política pois, à partida, a minha visão ideológica ou partidária iria interferir com aquilo que estou a aprender. O que acontece nessas situações, ainda que muitas vezes inconscientemente, é que partimos para a aprendizagem com uma visão já formatada. Por isso é que decidi que, enquanto não acabar o curso, não vou participar nessas associações partidárias, para que o meu conhecimento não fique limitado pois, essa limitação pode fazer de mim um mau profissional. Não tenho nada contra quem se associa nestes movimentos, no entanto, tenho pena que muitas vezes não consigam perceber que, os partidos, apenas estão preocupados com o rebanho que têm atrás.

Não consideras, então, que o fac
to de te associares a qualquer um desse tipo de movimentos te iria tornar mais facilmente activo politicamente?
Não discordo com isso, até porque as juventudes partidárias têm o seu fascínio. No entanto, amarram os participantes aos seus pensamentos, não lhes permitindo uma evolução ou um crescimento. Para mim, não é desta forma que conseguimos chegar a uma política verdadeiramente consciente.

Quais são as tuas ambições ou projectos?
O meu objectivo passa por trabalhar e por tentar estar sempre perto da população, mesmo enquanto estiver na universidade. Não digo que vou fazer caridade mas, ao perceber os instrumentos do mundo da política, tenho capacidade para estar perto de quem, hoje em dia, é mais atraiçoado pelos políticos. Presentemente, o meu grande objectivo é mesmo recolher o máximo do mundo das ciências políticas e utilizar isso na minha vida futura, independentemente do espaço ou da área onde trabalhe.

Qual é o projecto político com que mais te identificas?
Sempre militei muito mais à esquerda, num quarto estágio, não coincidente com o Partido Comunista. Não há uma força ideológica com que eu me identifique totalmente, mas centro-me quando o Estado acaba, tal como nos anarquistas.

Sei que projectavas exercer politica no teu pais de origem. Isso ainda é uma ambição válida?
Acho que, na vida, não podemos limitar-nos a responder que ‘sim’ ou que ‘não’. Se um dia for necessário ajudar o meu pais, e surgir essa oportunidade, assim o farei, sem sequer pensar duas vezes. O principal objectivo de quem estuda politica é mesmo ajudar e alterar a vida das populações. Voltar a Angola, para fazer algo pelo meu pais, é mais do que um sonho, é uma obrigação da minha parte. Acho que há muito para fazer em África, há muitas políticas que têm que ser alteradas. O facto de viver há muito tempo na Europa fez com que aprendesse que, se um dia voltar a Angola, não quero tornar aquele pais num estereotipo europeu. A minha influência nunca será para criar um novo angolano, apesar de admitir que levarei da Europa os seus aspectos mais positivos.

O que é que mudavas em A
ngola?
[risos] Em Angola vive-se de forma muito agitada. É uma sociedade que não tem crença no amanha e, por isso, vive cada dia como se fosse o último. Isto é algo que me faz muita confusão. Uma das coisas que levava para o meu pais é a esperança porque acho que eles precisam disso. A sociedade angolana está desesperada e não aprecia a vida.

E em Portugal, como analisas a nossa politica actual?
Acho que é preciso uma mudança e eu, apesar de desencantado com a politica portuguesa, tenho esperança nisso. O que é necessário, acima de tudo, é saber onde é que se deve mudar, para que as alterações visem aprofundar a qualidade partidária. O que mais me desilude, em Portugal, é continuar a ver crescer uma direita conservadora que não tem evoluído, positivamente, ao longo do tempo. São necessários partidos de direita que tenham carácter e que sejam capazes de recusar negociar com o Estado. O que vemos, actualmente, são partidos de direita que fazem, constantemente, um aproveitamento da sua posição partidária, não indo de encontro aos seus valores ideológicos. É necessário um revisionismo e uma revitalidade. O meu desencanto, porém, vai além daquilo que são os partidos portugueses. Os problemas também provêm da forma como a nossa sociedade se apresenta. A falta de consciência das pessoas, a forma como todos se tentam aproveitar das fraquezas dos outros e a ausência de interesse em torno de um bem comum são pontos representativos da fragilidade social. Se as pessoas tivessem maior participação politica e consciência absoluta do seu voto, não se vão deixar levar por interesses ou estratégias partidárias. A sociedade, não só a portuguesa, escolhe sem ter noção da importância e da responsabilidade do acto que está a desempenhar.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pseudo-jornalistas?!

De facto, já estava na altura de voltar a tornar isto um bocadinho "mais sério".

Sara Cabral diz...

...Gosto mesmo muito destas coisas lamechas, gosto principalmente que me recordes como aquela que canta Quim Barreiros e chora. Gosto que me chames escuteirinha e que digas que gosto de partilhar. Gosto que gostes disto, gosto que trajes connosco, gosto das noites contigo e das bezanas contigo. Gosto que aches que sou alcoólica quando tu bebes bem mais do que eu. Gosto que sejas o Sr.Delegado mas que aches que lá no fundo eu é que sou. Gosto que me acordes com mensagens porque não sei tirar a vibração do meu telemóvel, gosto que às 3h da manhã te lembres de dizer "coisas bonitas" que me fazem chorar logo pela manhã. Gosto que me dês beijinhos na testa e que me abraces com força quando as lágrimas são incontroláveis. Gosto do "Torero", especialmente quando passa no Rehab e meu pedido, gosto quando cantas essa e outras tantas músicas. Também gosto que nos faças rir, daquela maneira que só tu sabes. Gosto mesmo do que somos e do que significamos.

Não digo o que não gosto, "isto" é demasiado curto para isso.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

The most beautiful things are still pretty.

[Love you, era só isto que me apetecia dizer! <3]

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Há dias assim.

"Não me perguntem porquê" mas afinal, gosto que se sintam "com o rei na barriga" quando é bem propicio. E também gosto quando "a almofada já conta com uns litros de água" porque sei tão bem que enquanto isso for também parte de uma felicidade, "isto" continuará a ser "tão especial". E gosto que me beijem na testa, gosto mesmo!
E espero que continue a ser "tão fácil gostar sem ressentimentos", mesmo quando é algo que nunca, mas mesmo nunca "esperávamos". E é por isso que faz sentido que "os porquês perdurem". E adoro um bom abraço, adoro mesmo!

E é bom chegar ao fim, bem ao fim, e recordar tanto em tão pouco tempo. Porque são vinte e quatro horas que começam e acabam com lágrimas no canto do olho. E é por isto que eu e eles é o que faz mais sentido aqui. Obrigada.

domingo, 17 de outubro de 2010

"E ainda agora isto é o inicio (do fim)!"


[mesmo que seja de lágrimas descontroladas no rosto, é também isto que me deixa feliz! Não consigo sequer tentar explicar.]

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"Oh meu amoreee"

Just because I know there are still little things that make me so happy. And because I know you know I love these things. <3

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

1,2,3...

...Chapinhar nas poças com galochas brilhantes, dividir chapéus de chuva minúsculos e olhar a vida como crianças felizes!
[porque alguma coisa os dias cinzentos têm que ter de bom.]

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Centenário da República ou (...)?

"Na manhã do dia 5 de Outubro, em Lisboa, dirigentes do Partido Republicano Português dirigiram-se aos Paços do Concelho, de cuja varanda, José Relvas, acompanhado por Eusébio Leão e Inocêncio Camacho, proclamou a República: 'Unidos todos numa mesma aspiração ideal, o Povo, o Exército e a Armada acabou de, em Portugal, proclamar a República'."
É uma das explicações encontradas no site das comemorações do Centenário.

[Ainda há dias vivíamos em crise, o Governo não apresentava soluções e ameaçava demitir-se caso o Orçamento de Estado (OE) não fosse aprovado. A oposição garantia que não queria uma crise política mas acusava-o de fazer chantagem. E eu, eu sem querer estragar todo o ambiente comemorativo que se vive a nível nacional (e que veio suprimir toda a conflituosidade parlamentar), pergunto-me desde muito cedo (e prolongo a questão ao longo de todo o dia) o porquê só este ano vimos a data ser assinalada de forma entusiasta? (e digo já que o facto de ser o centenário não esclarece em nada as minhas dúvidas). E sem querer parecer ainda mais indiferente, porque é que todos formulam V's de vitória e gritam "viva a República" quando o país mal se aguenta com republicanos? Podia tentar explicar, mas parece-me difícil demais para se perceber.]

Realidades por discutir.

Mas juro que ficaremos por viver o momento. Now!
[e o amanhã vem depois.]

Conferência- "A Rádio em Portugal e o Futuro", 7 de Outubro

[mais informações a serem acompanhadas aqui.]

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Outra vez.

[e mais uma vez. And again, and again, and again.]

sábado, 2 de outubro de 2010

Crónica- "Prometo pela minha honra"

Promessas, promessas, promessas. Prometemos aqui, prometemos ali. Prometemos isto e aquilo. Prometemos por tudo e por nada. Prometemos para agora e prometemos para o futuro. Juramos. Juramos isto e juramos aquilo. Juramos que sim e juramos que não. Juramos ser para sempre e juramos para nunca mais. Prometem os novos e juram os velhos. É tão típico do quotidiano e tão banal em toda a sociedade.
Prometemos sem sabermos o que estamos a prometer. Juramos tendo consciência que não podemos cumprir. No fundo, deitamos cá para fora meia dúzia de palavras que tranquilizam os que nos estão perto e que nos comprometem com alguém ou com alguma coisa. Prometemos não voltar a fazer. Juramos não esquecer. Prometemos voltar. Juramos “amar e respeitar na saúde e na doença até que a morte nos separe”. Prometemos “pela nossa honra”. Juramos amizades eternas e amores para sempre. Prometemos tanto, em tão pouco tempo e de uma forma tão inconsciente.
E será isso correcto? Porque, afinal, quantas promessas cumprimos? Quantas deixamos para trás? Quantas nem tentamos realizar? E quantas tentamos e desistimos, acabando por não conseguir cumpri-la? Quantas não se desvanecem em segundos, logo após de serem ditas?
Prometemos quase como quem troca de camisa e, de certa forma, uma promessa é hoje em dia tão banal que já não tem o devido valor. Prometemos, sempre, por uma questão de segurança. Prometemos que não voltamos a fazer, procurando a confiança daquele que magoámos. Juramos não esquecer alguém, na esperança que esse alguém também não nos esqueça. Prometemos voltar, seguros que iremos regressar àquele lugar. Juramos “até que a morte nos separe” no cerimonial do casamento, como forma de encontrar segurança e estabilidade ao lado de alguém para o resto da vida. Prometemos pela nossa honra porque, seguramente, apenas a honra terá a força suficiente para nos empurrar para o caminho da promessa.
E não seria bom termos a certeza de que todas as promessas serão cumpridas? Ou melhor, não seria bom que todos os que prometem fizessem os possíveis e os impossíveis para cumprir essas promessas? Não seria bom que houvesse uma maior consciência sobre o que significa prometer algo ou alguma coisa ou prometer-se a alguém?
Certamente a confiança não se destruía tão facilmente, certamente a segurança permanecia durante mais tempo, certamente não havia necessidade de tantos juramentos infundidos e incontrolados e certamente que promessas não ficariam limitadas a simples promessas.
É tempo de (re-) pensar as promessas. E (re-) pensá-las implica conhece-las, imaginá-las, cumpri-las ou ter coragem para admitir que, afinal, a honra não foi suficiente. É também altura para nos consciencializarmos do que já prometemos, do que gostávamos de prometer, do que já cumprimos e do que ainda nos falta realizar. É tempo de percebermos o que significa verdadeiramente prometer. Porque prometer mundos e fundos é comprometer algo, é obrigar a qualquer coisa, é oferecer esperanças a alguém e é dar sinais de muita coisa futura. Porque afinal, promessas não são só promessas, não envolvem só um individuo e, por isso, não basta simplesmente só prometer, prometer, prometer.

[e é por me continuarem a fazer "apenas" promessas que hoje me lembrei disto (não pelas melhores razões, de facto!)]