quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Era, não era?

E a outra teve que te responder à letra.

É certo que não precisava que me dissesses, nem tão pouco que o escrevesses..eu sabia bem que era, siiim! Até porque não é só aqui que se consegue ler nas entrelinhas.
E ao que escreveste, só tenho a acrescentar que quando um dia me disseste "depois não vais ter tempo" nunca consegui assumir isso como uma verdade absoluta. Na verdade, ainda hoje não assumo, nem tão pouco quero assumir. Mas, aos poucos e poucos, questiono-me sobre o mesmo e, à medida que o tempo me vai fugindo, pergunto-me até quando continuará a fazê-lo.
Se a vida já me ensinou a dar cambalhotas com o tempo, também já me mostrou que o reverso mais chato da moeda pode vir a ser definitivo. E o susto, esse, é tão recíproco.
Quando um dia me sentir no direito de te pedir tudo e mais alguma coisa, podes ter a certeza que vou fazê-lo. E aí, os ligeiros apertos vão desaparecer.

[e está certo, isto é mesmo um desabafo.]

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Um homem, um ramo. E não era dia de S. Valentim.

"Numa manhã cinzenta desta semana vi um velhote com um ramo de cinco túlipas vermelhas na mão.
Foi na Praça de Londres, em Lisboa. Ele ia com o ramo empinado e nem a sua posição nem o seu rosto denotavam qualquer informação, daquelas que a repórter adormecida que existe em mim queria saber.
Um dia, quando eu já estiver demasiado antiquada para o trabalho de dirigir revistas, como voltar a essa nobre e livre profissão de repórter. Se esta cena se passasse nessa altura eu teria parado o carro e saltado para a rua. Um velhinho com flores na mão era a história garantida - daquelas que deviam estar nos nossos jornais e revistas todos os dias e não estão, por falta de tempo, por inércia, porque deixámos de nos importar com as coisas pequenas da vida. Fossem as túlipas para uma amante tardia ou para uma mulher precocemente falecida, ali havia história.
E eu sabia que ali havia mais do que uma história - havia uma história à qual eu poderia acrescentar alguma moral, como são todas as boas reportagens, espécies de fábulas que nos ajudam a explicar o mundo real com base em moralidade e pressupostos que todos conhecemos. Bastava-me referir e frisar que esta cena se passou fora do dia que amanhã se comemora em todo o mundo, o dos Namorados.
Aquele homem ia levar flores a alguém sem que a isso tivesse sido obrigado pelo calendário. Antecipou-se, até. A sua agenda era diferente da da economia e do comércio nacional.
A sua idade, a sua experiência, o facto de ser do tempo em que não havia Dia de São Valentim a leste do mundo anglo-saxónico que os filmes nos impuseram como matriz cultural, tudo isso e muito mais poderia estar na origem da sua decisão de comprar flores num dia qualquer. E isso dava-me um tão bom final para a minha história como me dá um bom argumento para esta crónica em que tenho de falar do Dia dos Namorados.
O romantismo de que estamos todos tão necessitados não pode vir de dias como este, marcados no calendário, importados por comerciantes famintos, ansiosos por reverterem a depressão pós-natalícia nuns lucros feitos num dia que vem mesmo a calhar no calendário contabilístico das suas empresas. Nesta época triste em que já nem podemos rejubilar com uma revolução como a que acontece no Egipto sem pensarmos, com realismo, nas suas consequências, nesta época triste, dizia, precisamos mais de seguir exemplos como o de um homem velho que resolve comprar cinco túlipas vermelhas do que o de milhares de namorados que escolhem as mesmas prendas, os mesmos postais com frases passadas a papel químico. E esta expressão faz-me pensar se não estarei mais perto do que supunha de ficar antiquada de mais para dirigir uma revista... Mas alguém ainda se lembra do que é papel químico?"

[Encontrei a história ideal para caracterizar o dia de hoje.]

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Porque sim.

É simples quando encontramos "a excitação de contar coisas e a alegria de partilhar ninharias, as risotas por piadas de há muito repetidas, as promessas de esperanças que estão há que décadas por realizar". E tudo tem outro encanto quando o "porque sim" se torna a razão mais forte para justificar o amor.
Mais simples ainda é quando temos quem nos insista na "Presença com letra grande" e, mesmo que vamos perdendo uns e outros...acabamos por, juntos, ganhar tanto, todos os dias.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A efémera.



[Não é, de todo, pela publicidade..é mesmo pela mensagem!]

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

E hoje acordei e continuava a sorrir.

[mas desta vez com um número significativo de horas de sono, YEY!]

Porque, afinal, continuaram a ser constantes as pequenas cumplicidades (que mal sabiam que existiam) que se manifestam em torno de grandes felicidades por os vermos felizes, também. E sim, fez (finalmente) todo o sentido, até porque os "gostamos imenso" não se ouviram apenas uma ou duas vezes. E olha, as crianças não mentem, de todo.
E é verdade que as boas equipas não se fazem (só) por serem grandes..mas nós somos "grandes e bons".

[E ainda bem que permaneceram os maiores pormenores.]