quinta-feira, 29 de março de 2012

Just Little Things.


(E deixemos os comentários para depois.)

quarta-feira, 28 de março de 2012

quarta-feira, 21 de março de 2012

sexta-feira, 16 de março de 2012

E se eu conseguisse...

...aliar quatro paixões nas três primeiras semanas de Junho?








(era a Super-Mulher...
...ou, pelo menos, iria sentir-me como tal.)

quarta-feira, 14 de março de 2012

SaraCabral | Clique

"Olho em redor, aprecio e facilmente clico. Uma, duas, três vezes. E repito de cada vez que quero eternizar aquele bocadinho para sempre. Revejo tudo no ecrã pequenino da máquina ou no computador. Uma, duas, três vezes. Demoro mais tempo nas que elejo automaticamente como preferidas e obrigo-me aos pormenores das que me parecem perfeitas. Edito, corto, recorto, utilizo filtros e mexo nas cores. Uma, duas, três vezes. Até me parecer que não caí em exageros. Guardo originais e cópias, editadas e cortadas. Encho CDS, pen’s e discos externos. Vejo-me obrigada a imprimir as melhores. E quero ingenuamente mostrá-las ao mundo."

[..actualizei o meu CV e vim ter aqui.]

sexta-feira, 9 de março de 2012

quinta-feira, 8 de março de 2012

Reportagem: "(Re) Começo de uma vida"

Numa sala ampla, cheia de cor e de brinquedos, três crianças divertem-se sozinhas, sem precisarem, estranhamente, de ninguém que brinque com elas. Um rapaz, visivelmente mais velho, toca conhecidas melodias numa flauta, enquanto “toma conta” dos irmãos e primos, como habitualmente se tratam uns aos outros. Quando uma das voluntárias do Centro entrou na sala, depressa um sorriso sincero se esboçou em cada um daqueles rostos, como se aquela figura fosse uma das mais familiares que têm.






“André”, “Manuel” e “Paulo”, vamos chamar-lhes assim, são três das 33 crianças que o Centro de Emergência Social, situado em Alverca, acolhe, actualmente. Crescem na instituição desde que foram sinalizadas pela Comissão de Crianças e Jovens em Risco e esperam, agora, um futuro melhor, tal como todas as outras que, naquele dia e àquela hora, não estavam presentes por se encontrarem em actividades. Encontram ali um tecto, um colo, uma protecção e muito afecto, de toda a equipa técnica da instituição.

Em funcionamento desde 1995, o Centro de Emergência Social ou CES, como é vulgarmente denominado, faz parte da Fundação CEBI e destina-se a acolher, de forma temporária, crianças e jovens, até aos 12 anos, que se encontrem em situação de risco, face à qual é necessária uma intervenção.

Sinalizadas pelos Tribunais de Família e Menores, pelas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, pelo Instituto de Solidariedade e Segurança Social e até mesmo por Hospitais, as crianças chegam ao Centro de Acolhimento, sobretudo, por situações de negligência, de maus tratos físicos e psicológicos e, algumas delas, vítimas de abuso sexual. Na sequência do acolhimento é elaborado um plano de vida para cada criança, que defenda os seus interesses e que tenha uma actuação transversal, de forma a existir uma intervenção multidisciplinar de apoio e compreensão mas também, um processo de recuperação e reabilitação das crianças e das suas famílias. O objectivo principal deste acolhimento temporário é a reintegração das crianças nas suas famílias de origem, depois de resolvidos os problemas do domínio psicológico, social e educativo. Sempre que este reintegração não é viável, a criança é encaminhada para os projectos de adopção, mas esta opção só é tomada em casos extremos.

A Dra. Olga Fonseca, directora do CES, explica que as grandes dificuldades com que o Centro se tem debatido, especialmente no domínio financeiro não permitem ter uma “equipa de apoio maior e com mais tempo para as crianças”. Apesar disso, ao longo da existência da instituição, sempre foi assegurado que as crianças que estão em sua guarda tenham todos os cuidados que necessitam.

O projecto de voluntariado, ligado a qualquer tipo de instituições como esta, ganha grande relevância no Centro de Emergência Social pois, segundo a própria directora, “é muito bem vindo porque é uma mais valia muito grande para o funcionamento da casa e, consequentemente, para as próprias crianças”. Cada voluntário acaba por ser, para todas as crianças, um dos bens mais preciosos, que acompanha o seu desenvolvimento, sorrindo e chorando com eles e pelos mesmos motivos que eles. A ajuda prestada, de forma gratuita, o que ainda torna o seu trabalho mais estimável, muitas vezes, não passa de uma simples tarde de brincadeira estando, por isso, qualquer um, em posição para o fazer. É uma experiência recompensadora, todos garantem, pois, em poucas horas, dão àquelas crianças tudo o que estas antes não tiveram. Não há um regime de selecção rigoroso e, geralmente, os candidatos a voluntários inscrevem-se de forma a sentirem-se activos na sociedade, contribuindo, com simples gestos, para um mundo melhor.

Actualmente, esta realidade atravessa todas as sociedades, fruto da conjuntura económico-social que vivemos. É cada vez mais comum os maus tratos a crianças, sendo que, 60% dos casos de abuso prendem-se com situações de negligência e de abandono. Os principais factores que levam ao aumento do número de registos de crianças em risco prendem-se com a gravidez precoce, com os baixos rendimentos salariais e com o desemprego. Esta triste verdade atravessa, nos dias de hoje, todas as linhas de etnias e de classes, não deixando ninguém indiferente.

Ao invés de sobreviverem a uma infância sem carinho, “André”, “Manuel” e “Paulo”, e todas as outras crianças, encontraram, nesta instituição, uma janela diferente que lhes permitirá recomeçar a sua vida, com ajuda e o apoio de pessoas que se apaixonam por eles, com um simples primeiro olhar.


quinta-feira, 1 de março de 2012