terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Quando vamos comer a nossa pizza? ♥




(Já era para ter colocado isto aqui. Contudo, achei mais importante deixá-lo aqui. Mas depois de o ver aqui, teve mesmo que ser. E, afinal, hoje até é o dia ideal para o fazer, porque também gosto muito quando "namoramos" as duas.)

Google Heart. ♥


"(...) É apenas o primeiro dos 79 anos que estão para vir."


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O Avô (e o texto para a Medalha Cruz de São de Prata).

[O nosso escuteiro de cabelos brancos.]


Já perdeu a conta a quantos anos tem de escutismo, mas diz, seguramente, que “são mais do que 60”. O Chefe Vitor Pedroso, ou o avô como carinhosamente é tratado no Agrupamento 317, tinha apenas 12 anos quando começou: “fui para os exploradores, ainda nem havia lobitos”, contou.

Quando questionado sobre o porquê de se inscrever no movimento, o Chefe Pedroso confessa que o bichinho começou dentro da Mocidade Portuguesa, organização que frequentava na altura. “Eu era um chavalito pequeno, meti na cabeça que queria entrar” e, um dia, “fui até ao Grupo 28, na Rua das Pretas, em Lisboa, e inscrevi-me…os meus pais nem sabiam!”, confessou.

Cerca de cinco agrupamentos marcaram a sua formação escutista. “Os tempos eram outros, havia muitos agrupamentos que não tinham todas as secções”, dai ter que saltar de agrupamento em agrupamento para conseguir progredir no movimento. Depois de ter passado pelo Grupo de Moscavide e pelo Grupo da Encarnação, foi promovido a Chefe, no Seminário dos Olivais. “Tinha apenas 18 anos e uma fardinha nova. Nesse dia, mandaram-me ao ar e enfiaram-me dentro de água”, recordou emocionado.

Com mais ou menos 30 anos mudou-se para o Agrupamento de Alverca, e não só por ali ficou, como para ali puxou a sua filha e os seus netos. “A Anabela [a filha] foi a primeira lobita do Agrupamento”, relembrou.

Não faz só parte da história do 317, como é muito da história do Agrupamento. Passou pelas várias sedes, “muitas sem grandes condições”, passou pela fase em que os escuteiros começaram a receber raparigas e orgulha-se de ter alterado muitos dos “maus” hábitos do Agrupamento – “sempre nos assumimos como escuteiros Católicos, mas nunca íamos à missa”, explicou o Chefe Pedroso, acrescentando que foi uma das rotinas que ajudou a implementar no Agrupamento.

“O Agrupamento deu-me muito”, afirmou o Chefe Pedroso. Ainda assim, o Chefe confessou que também teve algumas chatices – “nunca deixei completamente o movimento mas houve uma altura que não vinha às reuniões porque tive alguns avessos com chefes do Agrupamento”.

Problemas de parte, e depois de ter dado muito às secções do Agrupamento, em 1977 foi investido como secretário do 317, função que ainda hoje exerce. Apesar de garantir que ainda tem muitos anos para dar ao movimento, confessa que o escutismo “já não tem o sabor que tinha”. Ainda assim, o Chefe Pedroso diz que gosta “de aqui estar” e que continua a sacrificar a o tempo em casa para poder continuar a viver o movimento – “A minha mulher diz que só falta trazer a cama para a sede”, diz em tom de brincadeira.

Recordando os tempos em que vivia activamente o movimento, afirma que a actividade que mais o marcou foi um acampamento em Monção – “Foi a que me deu mais gozo porque tivemos imenso trabalho para lá chegar, havia imensa chuva e tivemos diversas dificuldades na montagem do campo, mas mesmo assim, não desistimos e fomos extraordinários”, afirmou.

Quase a terminar uma agradável conversa, o Chefe Pedroso ainda teve tempo para deixar claro que “enquanto conseguir mexer as mãos e conseguir ajudar em alguma coisa” vai certamente continuar a ter os sábados à tarde reservados para o Agrupamento. “O movimento é uma escola de vida, aprendi muito por aqui”, confessou, relembrando que “uma vez escuteiro, escuteiro para sempre”.