quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

"A todos um bom Natal".


[é genial, geniaaaal!]

domingo, 19 de dezembro de 2010

É muita coisa.

E acho que nunca abracei tanto e com tanta força num tão pequenino espaço de tempo.
[e sim, todos os fins de semana deviam ser tão perfeitos quanto este! Obrigada.]

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

'A solitária viagem'

Não tinha um destino. Sabia que a última estação era na Guarda mas, até lá, poderia certamente deixar-me ficar noutro lugar qualquer. Não havia sitio nenhum que me prendesse, não havia ninguém que me fizesse ficar em algum lugar. Era um homem livre, e isso, de certa forma, também me amedrontava.
O barulho do comboio era ensurdecedor e fazia-me ficar, ainda mais, preso aos meus pensamentos. Um homem da minha idade não devia estar sozinho neste mundo infernal. E, também, não devia acabar os seus dias desta maneira.
Entre paisagens deliciosas com espaços verdes únicos, inundados de um sol radiante, de um céu azul que eu nunca vira, acabava por me desvanecer dos pensamentos que, queria eu acreditar, eram absurdos. Podia ser que uma vida nova, um lugar novo, pessoas diferentes me dessem aquilo que eu nunca tinha encontrado, até então, com tantos anos de existência.
À minha volta, apercebia-me do quanto os outros eram felizes. Mesmo ao meu lado, seguia viagem um casal de velhotes ternos que, provavelmente iriam até à sua terra natal ao reencontro de velhas tradições. À minha frente, três jovens contavam peripécias antigas e programavam, com um volume de voz decerto exagerado, aventuras futuras. No banco de trás, conseguia ouvir uma criança a rir às gargalhadas, enquanto a, provavelmente, mãe lhe contava uma história infantil. Não os conhecia, é verdade, mas havia algo que me prendia a eles. Talvez inveja. Talvez.
Calmamente, afinal tinha o tempo todo, retirei da minha simples mochila um livro. Ainda não o tinha começado a ler mas, achei que seria uma boa altura para o fazer. No entanto, passados breves minutos voltei a distrair-me, ora com paisagens deslumbrantes, ora com indivíduos estáticos que, de uma forma ou de outra, captavam a minha atenção.

[excerto de um texto lento realizado para Técnicas de Expressão Escrita, que os meus caloirinhos me "obrigaram" a (re) ler hoje.]

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

♪ (...) Aquelas coisas que fazem chorar.


"Eu não sei...
 ...tanto sobre tanta coisa
que às vezes tenho medo"
[Aplicava-se a tanta coisa.]

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Pega no telefone e liga.

Ainda que não acreditem, há coisas que vão viver para sempre em mim, tal como, acredito, há coisas em mim que vão viver sempre em vocês. Ficam na memória das nossas células, num passado que pode ser o nosso escudo, num presente distante e limitado que pode mesmo não vir a ser o nosso futuro.
E é por isso que quando as coisas não estiverem "sem nada para dizer" devem sempre pegar no telefone e ligar. E depois, depois é só falar de coração aberto, dizer que o queres dizer, chorar e sorrir se for preciso. E encontrar, consequentemente, uma resposta para o nosso coração.

É que ontem, ontem tive a certeza de que viver "sem ressentimentos" não é continuar com as laranjas todas no ar, tal e qual um malabarista exausto, sem saber nem como nem quando elas vão cair. E portanto, pegar no telefone e ligar foi sempre a melhor solução. Ligar as vezes que forem precisas até encontrares a resposta, a paz de uma certeza, que tanto querias ouvir. E hoje ainda faz tudo mais sentido, como se fosse possível chegar à perfeição. É que hoje, hoje sinto que o teu alívio é meu também e que se não fosse assim, já "isto" não seria a mesma coisa.

[e para ser mais precisa, se é que é mesmo necessário, onde se lê "pega no telefone e liga" devia ler-se "marca um cafezinho e vai". ♥]

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ly2 *

Há momentos em que umas simples palavras sabem mesmo bem.
[E não sei explicar bem porquê mas tinha, mesmo, que deixar isto aqui.]

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vale a pena pensar nisto...

Ele olha subtilmente, ela devia timidamente o olhar. Ele toca de forma meiga, ela foge repentinamente. Ele vai, ela pede para voltar. Ele volta, ela prende-o com o olhar. Ele sorri, ela vai atrás. Ele beija, ela abraça.
E então ele quer, e já são dois a querer.



[E depois?! (...)]

domingo, 28 de novembro de 2010

Porque é que as pessoas gritam?

"Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta aos seus discípulos:
- Porque é que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
- Gritamos porque perdemos a calma! - disse um deles.
- Mas, porquê gritar quando a outra pessoa está mesmo ao nosso lado? - questionou novamente o pensador.
- Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça. - respondeu outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
- Então, não é possível falar-lhe em voz baixa?
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.

Então ele esclareceu:
- Vocês sabem porque é que gritamos com uma pessoa quando estamos aborrecidos? O facto é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, os corações delas afastam-se muito. Para cobrir essa distância precisam de gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte têm que gritar para se ouvirem um ao outro. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão apaixonadas? Elas não gritam. Falam suavemente. E porquê? Porque os seus corações
estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes estão tão próximos que nem falam, limitam-se a sussurrar. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, olham-se apenas, e basta. Os dois corações entendem-se.
Por fim, o pensador conclui, dizendo:
- Quando vocês discutirem, não deixem que os vossos corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não vão voltar a encontrar o caminho de volta."

Mahatma Gandhi
[Não acrescento nem mais uma palavra, está tudo dito.]

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

(...)


...Uma noite sonhamos até ser dia!
[Hoje é a noite.]


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

E ela diz...

"É para veres, há mães e MÃES." ♥
[Seems not, but I know it's true.]

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A força do sorriso.


[Obrigada Cátia, até a mim me fez sorrir.]

Não lhe fales, mas não lhe fales mesmo!

Um dia vais achar que és muito crescido para fazeres certas coisas, vais ligar mais vezes a televisão e sentar-te muitas vezes no sofá lá de casa. Nesse dia o mais provável é deixares de dizer "um dia" porque começas-te a levar a vida demasiado a sério.
Vais deixar de mimar tanto os amigos porque a família passará a ter mais importância. Vais deixar de dar beijinhos na testa e de abraçar quem merece. Vais deixar de esboçar sorrisos quando recebes mensagens no telemóvel e não vais certamente usar óculos escuros nos transportes públicos. Um dia vais achar que as MMS's são uma tecnologia muito avançada e vais deixar de gravar tudo e mais alguma coisa. Vais parar de te trancar com as tuas amigas na casa de banho, vais fazer rasgões de capa com tesouras porque "se é para rasgar, é para rasgar" e vais achar que essa coisa da vida académica é só para boémios. Vais achar que dizer "Oh meu amore" a chorar não tem assim tanta piada. Vais viver muito menos intensamente e sem contar minutos para o fim de nada.
Um dia vais ter uma rotina, vais-te esquecer mais facilmente das coisas e a agenda e os post-it vão ser os teus melhores amigos. Vais achar que não tens idade para sair à noite e que oito horas de sono é o mínimo que tens que dormir. Um dia não vais fazer directas a dançar nem vais compreender o verdadeiro significado de um "Shot". Vais deixar de ir a festas de bar aberto e não vais compreender o verdadeiro sentido de "ficar tontinha". Vais ser mais responsável e não conduzir bêbado, nem comer dentro do carro, nem tão pouco fazer voar asas de frango pela janela fora.
Um dia vais confiar e desabafar menos porque vais achar que ninguém te vai compreender. Vais deixar de dar a mão por baixo de capas traçadas. Vais achar que ter duas capas em casa não é, de todo, normal e que ver Quim Barreiros na primeira fila é um escândalo. Vais achar que ter vídeos no Youtube é uma invasão de privacidade e não vais aceitar que publiquem isso no teu Facebook. Um dia vais achar que "para sempre" é muito tempo, vais deixar de te vestir em casa dos outros e não vais querer que te façam festinhas quando mais precisas.
Um dia vais achar que ficar horas na faculdade só a conviver não faz sentido. Vais deixar de beijar em público. Vais achar que não podes, que não deves e que tens menos vergonha. Vais estar mais atento a boatos mas não vais querer falar sobre eles. Vais deixar de chorar pelas noites dentro e vais ter mais medo.
Um dia vais deixar de passar horas no quarto, na rua ou à porta de casa a conversar. Vais achar que ser feliz é mais do que caminhar de mãos dadas na rua. Vais achar que a cumplicidade não se vê só através de olhares e que o amor, afinal, "não é eterno". Um dia não vais ser parada na rua a perguntar se és gémea nem vais querer combinar cores para sair à noite. Vais perder a teimosia e vais conformar-te com o que os outros pensam mais depressa.
Um dia vais deixar de combinar cafézinhos, de pedir companhia e de saltar de agrupamento em agrupamento. Não vais ter sonhos escutistas nem acreditar que há uma certa perfeição na sede. Vais deixar de gostar de ver miúdos a correr pelos corredores e não vais compreender que "uma vez escuteiro, escuteiro para sempre". Vais achar que o sábado à tarde é para descansar, que acampar é desconfortável e não vais perceber o significado do verdadeiro sol da manhã e das estrelas brilhantes da noite. Vais achar que o teu irmão não é o Homem da tua vida e as birras com ele vão deixar de fazer todo o sentido.
Um dia vais vais achar que o mundo não vai nunca ficar melhor, vais tornar-te um Homem e ser menos feliz.


Já dizia o anuncio, e com razão. Quando esse dia chegar, não lhe fales. Mas não lhe fales mesmo!

domingo, 14 de novembro de 2010

Parecendo que não, tinha mesmo saudades...

...e a sede cheia de gente, os miúdos a correr por todos os lados, os sorrisos estampados em todos os rostos, os abraços apertados e a ternura dos olhares brilhantes vão sempre fazer parte, eu sei que sim!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Desilusões na vida?

Partilhar momentos e espaços torna-se fácil quando nos cruzam caminhos. Gostar é inevitável quando nos sorriem constantemente. Confiar parece-nos óbvio quando temos a certeza que sim. Mimar é lógico quando partilhamos, gostamos e confiamos.
Mas (...) e trair? Parece-me ridículo quando os caminhos já estão cruzados, os sorrisos já são diários, o sim já é certo e a partilha, o gosto e a confiança já não se colocam em causa.

Desilusões na vida?
Tenho a certeza que ainda terei muitas, mas espero que poucas tragam tantos boatos.


[And today I remembered the last kiss on the forehead.
And just because "love is to friends" it hurt, it hurt a lot.]

"Eu gosto muito de si"

...E como contamos cada minuto para o fim, a intensidade de certas coisas toma rumos impressionantes. [mesmo sabendo que isso não nos faz, de todo, bem!]
Saber que valem cada pensamento repentino e precipitado é a razão da lágrima cair e de a saudade começar aqui.
Quando for grande quero mesmo continuar a estar presente por ai!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

sábado, 6 de novembro de 2010

Toca e foge!

["Um dia..." (you know!)]
E ponto final.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sigaa, "é só mais esta"!

["Bonito, bonito é mesmo bar aberto."]

Fim do Jornalismo em papel?

[são constantes as questões, não existem simples respostas mas podem haver grandes reflexões. Texto base de uma apresentação para Jornalismo Digital, por mim, pela Sara Beato e pela Soraia Neto.]
(...)
É um facto que, recentemente, o jornalismo tem vindo a mudar. Desde o aparecimento da internet que a divulgação de informação foi facilitada, isto porque o meio interactivo sempre foi do agrado de um vasto conjunto populacional. Os próprios jornais informativos viram na internet um meio de divulgação dos seus serviços e utilizaram-se dela para estenderem a um maior número de pessoas a informação por eles produzida.
A produção noticiosa pela internet traz inúmeras vantagens, principalmente ao leitor, que vê a notícia a chegar-lhe a casa de forma simples e cómoda. As principais potencialidades das notícias online prendem-se com a interactividade (o leitor não só pode escolher com facilidade o que quer ler, elaborando, muitas vezes, o seu próprio jornal, como pode comentar as notícias publicadas, gerando mais informação e manifestando a sua opinião) e com o facto da informação ser, na maioria dos casos, gratuita e actualizada quase ao segundo. São estas dimensões do jornalismo online que fizeram com os jornais deixassem de se servir da internet para passarem a habitar nela, ou seja, começaram a aparecer jornais que vivem exclusivamente da sua produção online.
Este tipo de meios informativos podem ser considerados menos rigorosos e com menor qualidade do que as demais formas de fazer jornalismo. Contudo, o que é certo é que os leitores têm-se habituado aos conteúdos online, que têm uma linguagem própria dotada de certas especificidades que os tornam menos complexos do que os textos dos jornais impressos, mas que são suficientes para manter o leitor informado.
O grande problema do aparecimento do jornalismo online e da sua grande expansão é que, cada vez mais, os cidadãos podem assumir o papel de jornalistas, quer seja em blogues ou em sites “noticiosos”. Isto faz com que a credibilidade a muitas notícias publicadas online seja colocada em causa, uma vez que grande parte delas não é confirmada. Ou seja, nos dias de hoje, não são apenas os jornais que já existem em papel que têm sites onde colocam a informação que recebem, mas também pessoas comuns que, ao quererem dar a sua visão da notícia, acabam por influenciá-la. No fundo, qualquer um pode ser produtor de informação e isso pode colocar em causa o papel do jornalismo na sociedade actual.
É certo que ainda estamos num período de adaptação à comunicação na web e as questões relacionadas com a internet enquanto veiculo de comunicação ainda são muitas. Contudo, e apesar deste meio ainda não se encontrar veiculado nas próprias redacções, são vários os investigadores que já colocam em causa a sobrevivência do jornalismo tradicional.
Segundo diversos estudos realizados, existem vários motivos que contribuem para que, actualmente, o jornal em papel esteja a “desaparecer”. Por um lado há a existência de jornais gratuitos, que são distribuídos com base nas receitas de publicidade. Isso também faz com que as pessoas se habituem, facilmente, a um tipo de leitura mais fácil e, consequentemente, não procurem informação mais detalhada e rigorosa nos jornais diários. Desta forma, começam a surgir leitores que tem a sua atenção dispersa em informações rápidas, breves e instantâneas, ou seja, surgem leitores disciplinados numa autêntica economia da atenção. Por outro lado, a emergência das redes sociais, que apesar de não serem jornais acabam também por permitir a troca de informação. Estas trazem a possibilidade da informação ao minuto, o que faz com que as pessoas estejam constantemente a ser actualizadas, de uma forma rápida e ao mesmo tempo eficaz. Prova disso foi a aliança que, actualmente, coexiste entre os principais jornais diários e as redes sociais com maior número de utilizadores, como o facebook ou o twitter. O envelhecimento da população habituada à cultura do jornal em papel é mais um dos motivos que causa o seu fim. A grande maioria dos leitores assíduos dos jornais ultrapassa a faixa dos 50 anos.
Por último, como já foi referido acima, o modelo interactivo tem tendência para triunfar, daí que hoje em dia exista a emergência do jornalismo amador, criado e dirigido, principalmente, pelos bloguers que contêm blogues com informação, maioritariamente jornalística.
Estes motivos conciliados acabam por ser factores explicativos do nascimento desta nova forma de fazer jornalismo, onde o divertimento é aliado à informação. As suas potencialidades fazem com que cada vez mais o espaço digital seja usado em prol dos jornais em papel, o que nos leva a querer que, mesmo que o jornalismo tradicional não acabe, vai certamente sofrer várias alterações.

Surpresaaa!

[Adoro isto.]

terça-feira, 2 de novembro de 2010

{shiuuuu!}

{sem medos, juro que está tão bem guardado. }

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

"Tenho saudades...

...de momentos"
["Ninguém é de ninguém, mesmo quando se ama alguém." ♥]

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Workshop em Fotojornalismo, na Universidade Lusófona.

Dirigido por Henrique Bento, um "Burguês Autodidacta", licenciado em Cinema e presentemente professor Universitário.
Googlei à procura de mais, e só achei que até o
site era genial!

[5 sábados a aprender fotografia? Eu estou lá, e tu?]

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Um dia entrevistei um amigo que quer ser político...

[...hoje é o dia de mostrar isto ao mundo!]

A escola que o viu crescer durante o secundário foi o palco de uma entrevista onde o jovem político de Alverca reflectiu sobre o seu percurso, as suas convicções e os seus desejos futuros. Num ambiente nostálgico e sereno, para além de falar de si, Sérgio Dundão, um angolano estudante de Ciências Políticas, analisou o estado da politica, principalmente em Portugal. Desencantado, agora que começa a descobrir as fragilidades existentes politicamente, o jovem promete regressar a Angola, assim que tiver oportunidade, para levar esperança ao seu pais. Persistente, Sérgio continua a encontrar fascínios no mundo politico que o envolve com a sua complexidade.

O que é que mais te fascina no mundo da política?
Se eu te disse-se que , inicialmente, tinha noção de que, um dia, seria esta a área que iria ingressar, estaria a mentir-te. Acho que o primeiro aspecto que me levou para o curso de ciência política foi o facto de ter uma grande necessidade de conversar. Não foi, de todo, por ter a noção daquilo que queria, realmente, fazer. Ainda estava em Angola e já muita gente me dizia ‘um dia vais ser político‘, porque, apesar de na altura só ter 12 anos, já conversava politicamente, principalmente no seio da família. Fiz o secundário sempre convencido de que seguiria história, uma vez que era a minha disciplina preferida, no entanto, quando cheguei ao 12º ano, influenciado por alguns professores que sabiam do meu gosto em acompanhar política, procurei escolher uma área de maior amplitude e conhecimento, por isso, candidatei-me ao curso de Ciências Políticas e Relações Internacionais, para poder ter uma visão abrangente sobre duas coisas que me interessam particularmente. Hoje em dia, sei que o meu discurso é muito mais fundamentado e que cresci imenso politicamente. Cada vez mais, acho interessante compreender o jogo de como é que a política funciona porque, na minha opinião, a ciência política é muito complexa.

E é essa complexidade que também te fascina?
Sim, sem dúvida. A ciência política não é exacta e baseia-se, sobretudo, na própria história. É necessário perceber essa linguagem e adapta-la aos contextos actuais.

Dizes que, desde sempre, foste um conversador. Consideras-te, também, um manipulador?
[risos] Todo o discurso é manipulador. Um pai, por exemplo, tem discursos dissuasores para com os filhos, de forma a que estes tomarem decisões que vão de encontro às perspectivas do próprio pai. O político tem exactamente a mesma posição porque, a partir do uso das palavras, tenta dissuadir as pessoas. Quando converso com alguém tenho sempre tendência para cativá-la e a vender o meu discurso. Se disse-se que não, estava a ser hipócrita, porque todos temos tendência para fazer isso. O problema da manipulação é quando esta não tem valores ou princípios e esconde alguma coisa, mas, de resto, em todos os discursos os indivíduos são obrigados a convencerem-se mutuamente.

Fazes, ou fizeste, parte de algum movimento político?
Recebo muitos convites para ingressar em juventudes partidárias, no entanto, acho perigoso associar-me a qualquer um desses movimentos enquanto ainda estou a assimilar o que é a ciência política pois, à partida, a minha visão ideológica ou partidária iria interferir com aquilo que estou a aprender. O que acontece nessas situações, ainda que muitas vezes inconscientemente, é que partimos para a aprendizagem com uma visão já formatada. Por isso é que decidi que, enquanto não acabar o curso, não vou participar nessas associações partidárias, para que o meu conhecimento não fique limitado pois, essa limitação pode fazer de mim um mau profissional. Não tenho nada contra quem se associa nestes movimentos, no entanto, tenho pena que muitas vezes não consigam perceber que, os partidos, apenas estão preocupados com o rebanho que têm atrás.

Não consideras, então, que o fac
to de te associares a qualquer um desse tipo de movimentos te iria tornar mais facilmente activo politicamente?
Não discordo com isso, até porque as juventudes partidárias têm o seu fascínio. No entanto, amarram os participantes aos seus pensamentos, não lhes permitindo uma evolução ou um crescimento. Para mim, não é desta forma que conseguimos chegar a uma política verdadeiramente consciente.

Quais são as tuas ambições ou projectos?
O meu objectivo passa por trabalhar e por tentar estar sempre perto da população, mesmo enquanto estiver na universidade. Não digo que vou fazer caridade mas, ao perceber os instrumentos do mundo da política, tenho capacidade para estar perto de quem, hoje em dia, é mais atraiçoado pelos políticos. Presentemente, o meu grande objectivo é mesmo recolher o máximo do mundo das ciências políticas e utilizar isso na minha vida futura, independentemente do espaço ou da área onde trabalhe.

Qual é o projecto político com que mais te identificas?
Sempre militei muito mais à esquerda, num quarto estágio, não coincidente com o Partido Comunista. Não há uma força ideológica com que eu me identifique totalmente, mas centro-me quando o Estado acaba, tal como nos anarquistas.

Sei que projectavas exercer politica no teu pais de origem. Isso ainda é uma ambição válida?
Acho que, na vida, não podemos limitar-nos a responder que ‘sim’ ou que ‘não’. Se um dia for necessário ajudar o meu pais, e surgir essa oportunidade, assim o farei, sem sequer pensar duas vezes. O principal objectivo de quem estuda politica é mesmo ajudar e alterar a vida das populações. Voltar a Angola, para fazer algo pelo meu pais, é mais do que um sonho, é uma obrigação da minha parte. Acho que há muito para fazer em África, há muitas políticas que têm que ser alteradas. O facto de viver há muito tempo na Europa fez com que aprendesse que, se um dia voltar a Angola, não quero tornar aquele pais num estereotipo europeu. A minha influência nunca será para criar um novo angolano, apesar de admitir que levarei da Europa os seus aspectos mais positivos.

O que é que mudavas em A
ngola?
[risos] Em Angola vive-se de forma muito agitada. É uma sociedade que não tem crença no amanha e, por isso, vive cada dia como se fosse o último. Isto é algo que me faz muita confusão. Uma das coisas que levava para o meu pais é a esperança porque acho que eles precisam disso. A sociedade angolana está desesperada e não aprecia a vida.

E em Portugal, como analisas a nossa politica actual?
Acho que é preciso uma mudança e eu, apesar de desencantado com a politica portuguesa, tenho esperança nisso. O que é necessário, acima de tudo, é saber onde é que se deve mudar, para que as alterações visem aprofundar a qualidade partidária. O que mais me desilude, em Portugal, é continuar a ver crescer uma direita conservadora que não tem evoluído, positivamente, ao longo do tempo. São necessários partidos de direita que tenham carácter e que sejam capazes de recusar negociar com o Estado. O que vemos, actualmente, são partidos de direita que fazem, constantemente, um aproveitamento da sua posição partidária, não indo de encontro aos seus valores ideológicos. É necessário um revisionismo e uma revitalidade. O meu desencanto, porém, vai além daquilo que são os partidos portugueses. Os problemas também provêm da forma como a nossa sociedade se apresenta. A falta de consciência das pessoas, a forma como todos se tentam aproveitar das fraquezas dos outros e a ausência de interesse em torno de um bem comum são pontos representativos da fragilidade social. Se as pessoas tivessem maior participação politica e consciência absoluta do seu voto, não se vão deixar levar por interesses ou estratégias partidárias. A sociedade, não só a portuguesa, escolhe sem ter noção da importância e da responsabilidade do acto que está a desempenhar.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pseudo-jornalistas?!

De facto, já estava na altura de voltar a tornar isto um bocadinho "mais sério".

Sara Cabral diz...

...Gosto mesmo muito destas coisas lamechas, gosto principalmente que me recordes como aquela que canta Quim Barreiros e chora. Gosto que me chames escuteirinha e que digas que gosto de partilhar. Gosto que gostes disto, gosto que trajes connosco, gosto das noites contigo e das bezanas contigo. Gosto que aches que sou alcoólica quando tu bebes bem mais do que eu. Gosto que sejas o Sr.Delegado mas que aches que lá no fundo eu é que sou. Gosto que me acordes com mensagens porque não sei tirar a vibração do meu telemóvel, gosto que às 3h da manhã te lembres de dizer "coisas bonitas" que me fazem chorar logo pela manhã. Gosto que me dês beijinhos na testa e que me abraces com força quando as lágrimas são incontroláveis. Gosto do "Torero", especialmente quando passa no Rehab e meu pedido, gosto quando cantas essa e outras tantas músicas. Também gosto que nos faças rir, daquela maneira que só tu sabes. Gosto mesmo do que somos e do que significamos.

Não digo o que não gosto, "isto" é demasiado curto para isso.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

The most beautiful things are still pretty.

[Love you, era só isto que me apetecia dizer! <3]

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Há dias assim.

"Não me perguntem porquê" mas afinal, gosto que se sintam "com o rei na barriga" quando é bem propicio. E também gosto quando "a almofada já conta com uns litros de água" porque sei tão bem que enquanto isso for também parte de uma felicidade, "isto" continuará a ser "tão especial". E gosto que me beijem na testa, gosto mesmo!
E espero que continue a ser "tão fácil gostar sem ressentimentos", mesmo quando é algo que nunca, mas mesmo nunca "esperávamos". E é por isso que faz sentido que "os porquês perdurem". E adoro um bom abraço, adoro mesmo!

E é bom chegar ao fim, bem ao fim, e recordar tanto em tão pouco tempo. Porque são vinte e quatro horas que começam e acabam com lágrimas no canto do olho. E é por isto que eu e eles é o que faz mais sentido aqui. Obrigada.

domingo, 17 de outubro de 2010

"E ainda agora isto é o inicio (do fim)!"


[mesmo que seja de lágrimas descontroladas no rosto, é também isto que me deixa feliz! Não consigo sequer tentar explicar.]

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"Oh meu amoreee"

Just because I know there are still little things that make me so happy. And because I know you know I love these things. <3

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

1,2,3...

...Chapinhar nas poças com galochas brilhantes, dividir chapéus de chuva minúsculos e olhar a vida como crianças felizes!
[porque alguma coisa os dias cinzentos têm que ter de bom.]

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Centenário da República ou (...)?

"Na manhã do dia 5 de Outubro, em Lisboa, dirigentes do Partido Republicano Português dirigiram-se aos Paços do Concelho, de cuja varanda, José Relvas, acompanhado por Eusébio Leão e Inocêncio Camacho, proclamou a República: 'Unidos todos numa mesma aspiração ideal, o Povo, o Exército e a Armada acabou de, em Portugal, proclamar a República'."
É uma das explicações encontradas no site das comemorações do Centenário.

[Ainda há dias vivíamos em crise, o Governo não apresentava soluções e ameaçava demitir-se caso o Orçamento de Estado (OE) não fosse aprovado. A oposição garantia que não queria uma crise política mas acusava-o de fazer chantagem. E eu, eu sem querer estragar todo o ambiente comemorativo que se vive a nível nacional (e que veio suprimir toda a conflituosidade parlamentar), pergunto-me desde muito cedo (e prolongo a questão ao longo de todo o dia) o porquê só este ano vimos a data ser assinalada de forma entusiasta? (e digo já que o facto de ser o centenário não esclarece em nada as minhas dúvidas). E sem querer parecer ainda mais indiferente, porque é que todos formulam V's de vitória e gritam "viva a República" quando o país mal se aguenta com republicanos? Podia tentar explicar, mas parece-me difícil demais para se perceber.]

Realidades por discutir.

Mas juro que ficaremos por viver o momento. Now!
[e o amanhã vem depois.]

Conferência- "A Rádio em Portugal e o Futuro", 7 de Outubro

[mais informações a serem acompanhadas aqui.]

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Outra vez.

[e mais uma vez. And again, and again, and again.]

sábado, 2 de outubro de 2010

Crónica- "Prometo pela minha honra"

Promessas, promessas, promessas. Prometemos aqui, prometemos ali. Prometemos isto e aquilo. Prometemos por tudo e por nada. Prometemos para agora e prometemos para o futuro. Juramos. Juramos isto e juramos aquilo. Juramos que sim e juramos que não. Juramos ser para sempre e juramos para nunca mais. Prometem os novos e juram os velhos. É tão típico do quotidiano e tão banal em toda a sociedade.
Prometemos sem sabermos o que estamos a prometer. Juramos tendo consciência que não podemos cumprir. No fundo, deitamos cá para fora meia dúzia de palavras que tranquilizam os que nos estão perto e que nos comprometem com alguém ou com alguma coisa. Prometemos não voltar a fazer. Juramos não esquecer. Prometemos voltar. Juramos “amar e respeitar na saúde e na doença até que a morte nos separe”. Prometemos “pela nossa honra”. Juramos amizades eternas e amores para sempre. Prometemos tanto, em tão pouco tempo e de uma forma tão inconsciente.
E será isso correcto? Porque, afinal, quantas promessas cumprimos? Quantas deixamos para trás? Quantas nem tentamos realizar? E quantas tentamos e desistimos, acabando por não conseguir cumpri-la? Quantas não se desvanecem em segundos, logo após de serem ditas?
Prometemos quase como quem troca de camisa e, de certa forma, uma promessa é hoje em dia tão banal que já não tem o devido valor. Prometemos, sempre, por uma questão de segurança. Prometemos que não voltamos a fazer, procurando a confiança daquele que magoámos. Juramos não esquecer alguém, na esperança que esse alguém também não nos esqueça. Prometemos voltar, seguros que iremos regressar àquele lugar. Juramos “até que a morte nos separe” no cerimonial do casamento, como forma de encontrar segurança e estabilidade ao lado de alguém para o resto da vida. Prometemos pela nossa honra porque, seguramente, apenas a honra terá a força suficiente para nos empurrar para o caminho da promessa.
E não seria bom termos a certeza de que todas as promessas serão cumpridas? Ou melhor, não seria bom que todos os que prometem fizessem os possíveis e os impossíveis para cumprir essas promessas? Não seria bom que houvesse uma maior consciência sobre o que significa prometer algo ou alguma coisa ou prometer-se a alguém?
Certamente a confiança não se destruía tão facilmente, certamente a segurança permanecia durante mais tempo, certamente não havia necessidade de tantos juramentos infundidos e incontrolados e certamente que promessas não ficariam limitadas a simples promessas.
É tempo de (re-) pensar as promessas. E (re-) pensá-las implica conhece-las, imaginá-las, cumpri-las ou ter coragem para admitir que, afinal, a honra não foi suficiente. É também altura para nos consciencializarmos do que já prometemos, do que gostávamos de prometer, do que já cumprimos e do que ainda nos falta realizar. É tempo de percebermos o que significa verdadeiramente prometer. Porque prometer mundos e fundos é comprometer algo, é obrigar a qualquer coisa, é oferecer esperanças a alguém e é dar sinais de muita coisa futura. Porque afinal, promessas não são só promessas, não envolvem só um individuo e, por isso, não basta simplesmente só prometer, prometer, prometer.

[e é por me continuarem a fazer "apenas" promessas que hoje me lembrei disto (não pelas melhores razões, de facto!)]

domingo, 26 de setembro de 2010

"Vocês são uns javardos" a comer iogurte.

"(...) Do outro lado, um grupo de cerca de 20 veteranos trajados a capa e batina fazem um círculo, encerrando no meio dois caloiros de olhos vendados a captar a atenção de tantos e tão divertidos veteranos. Estão a dar de comer iogurte um ao outro. Eles são a Sandra e o Eduardo. As mãos cheias de iorgurte acertam mais no cabelo e na roupa do que na boca de cada um. Ficam imundos. «Vocês estão uns javardos» - palavras usadas por um dos mais velhos para descrever o resultado desta praxe. Os veteranos mandam bocas que insinuam o lado sexual e/ou brejeiro que a brincadeira pode tomar: «Isso não é para mamar!», «Olh`aí as festinhas!», «Dêem um beijinho, caloiros»."

Texto de Paula Oliveira, Fotografias de Manuel Lino (TVI24). A reportagem completa pode ser vista aqui.
[e assim, recordar tudo isto tem ainda mais piada!]

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

"Até já"

Nunca pensei que custasse tanto.
[e havia tanta coisa para dizer, mas hoje só dá para isto.]

sábado, 4 de setembro de 2010

Àquilo que amo.

Odeio despedidas, odeio mesmo. Mas quando me obrigam a despedir, ficam-me as recordações encravadas no coração daqueles últimos segundos em que trocamos olhares, ou em que deslumbramos tal paisagem, ou em que nos sentamos naquele espaço. E a seguir a estes, recorrem-me pensamentos de momentos que ficam, de palavras que ecoam nos meus ouvidos, de companhias que marcam, de espaços a que quero sempre voltar. E depois, depois volto a (re-) amar a liberdade e percebo que se aquilo que amo voltar foi mesmo porque o conquistei. Quando não volta, com certeza acredito que, afinal, nunca o tive.


E podia tentar explicar o quanto a nostalgia de pormenores insignificantes são marcas profundas, mas acho que isso é o papel mais importante da própria vida. Porque é o crescimento aquele que mais nos ensina que as despedidas são mesmo necessárias, mesmo quando fica tanta coisa entre distâncias.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Someday...

.So, try to scream for me and I promise that we will be happy again.

[e, no fundo, não foi isso mesmo que aconteceu hoje?!]

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sagres, tu sabes.

[que há sítios assim, de cortar a respiração! <3]

Junta tudo.

[Junta tudo e todos, tudo e mais alguma coisa. E limita-te a ser feliz e a amar!]

sábado, 14 de agosto de 2010

Quinta dos Loridos, Bombarral.

[Tantos "budas, os gordinhos".]

sábado, 7 de agosto de 2010

Preguiça.

Conhecida como um dos sete pecados mortais, os dicionários referem-se à preguiça como a propensão de não trabalhar, a demora ou a lentidão em agir e o gosto de estar na cama e de se levantar tarde.
Dizem que este sentimento de aversão ao trabalho está sempre de mão dada com a negligência, indolência, lentidão, moleza.
E o preguiçoso é aquele que é avesso às actividades que exijam esforço físico ou mental.
[texto original in Montepio Jovem]


[Eu cá refiro-me a ela simplesmente como uma das melhores sensações do mundo. É apenas poder não mudar de canal porque custa levantar do sofá, é ficar horas deitada na cama a não fazer nada, é apanhar o comboio seguinte porque este não apetece, é espreguiçar o dia todo porque sim! Não é falta de motivação, é mesmo deixar para amanhã o que pode ser feito hoje por motivo não aparente. E é por isso mesmo que este post só aparece agora e outros tantos ainda estão por chegar.]

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Duas décadas.

[é muitooo tempo! :'D]

terça-feira, 27 de julho de 2010

Boas tardes.

[Dois dedos de conversa, boa companhia e locais agradáveis.
Gosto disso, gosto muito disso! :D]

sábado, 24 de julho de 2010

Primeiro estranha-se, depois entranha-se.

[Não haverá algo mais verdadeiro do que reinventar a qualidade? <3]
E não, não será certamente o fim, é apenas só mais um novo ínicio!
Podia tentar explicar mas, primeiro estranhou-se e, no fim, chegou-se à conclusão que sempre soubemos (re)inventar a qualidade juntos, independentemente de tudo. E hoje, hoje só tenho a agradecer por isso e por mais alguma coisa, com as lágrimas no canto do olho.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Shrek Para Sempre! [o capítulo final]

Com as mesmas vozes animadas de sempre, a quarta saga do ogre mais famoso do mundo mantêm a animação e a confusão a que já estamos habituados. Transportados para o mundo da fantasia, limitamo-nos a seguir atentamente as próximas cenas, num 3D minimamente bem conseguido.
Shrek é agora um pai de família dedicado que sente saudades do seu "eu antigo". A rotina (o mal de tanta coisa) acaba por desgastar o ogre, que lhe falta os rugidos assustadores, os banhos de lama descansado e os arrotos nojentos.
Aliciado pelo sorrateiro duende Rumplestiltskin, assina um contrato que lhe devolve um dia de quando se sentia verdadeiramente ogre. Contudo, em troca, Shrek teve de abdicar de um dia da sua vida.
Com o reino de Bué Bué Longe nas mãos de Rumplestiltskin, o boneco verde vê-se obrigado a conquistar Fiona mais uma vez para, com o beijo do verdadeiro amor, tudo volte à normalidade.
E quando a família dos bonecos verdes se cruza de novo, tudo volta parecer perfeito!
[Numa boa tarde de cinema. Se tiverem putos pequenos levem-nos que vão rir às gargalhadas!]

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Malas, malas, malas...

[Odeio, odeio, odeioooo!]

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Reportagem - Tratamentos Chineses invadem saúde portuguesa.

[Reportagem elaborada por mim, por Soraia Neto e por Vera Furtado, para a cadeira de Investigação Jornalistica. A sua concretização não teria sido conseguida sem a preciosa ajuda de Ivo Mendes.]

Acupunctura, TuiNa, Fitoterapia, Dietética e Chikung são termos cada vez mais conhecidos entre os portugueses que procuram alternativas viáveis à medicina convencional. Contudo, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) continua a não ser reconhecida em solo nacional. Multiplicam-se as clínicas, os utentes e o ensino é cada vez mais rigoroso e exigente, no entanto, a profissão e os seus praticantes ainda procuram a regulamentação.

Aguardando a obtenção de estatuto por parte do Ministério da Saúde português, é a Escola Superior de Medicina Tradicional Chinesa (ESMTC) que, há mais de 20 anos, assume a responsabilidade de auto-regulação da qualidade cientifica, técnica e deontológica desta prática oriental. Aos alunos da Escola Superior, pouco expectantes relativamente a perspectivas futuras, resta esperar que os cinco anos de estudos intensivos sejam suficientes para encontrar emprego numa clínica de práticas orientais, em Portugal. Têm consciência de que o processo é longo e contínuo e mostram-se desiludidos com o facto desta pratica ainda não ser oficialmente reconhecida em Portugal, no entanto, não parecem fáceis de demover do seu sonho.

“Senti necessidade de estudar uma medicina que visse o paciente não só pela doença, como também, tendo em conta o seu estado emocional”, disse-nos Ivo Mendes, aluno do primeiro ano do curso de Medicina Tradicional Chinesa (MTC), enquanto visitávamos a Escola. É certo que é a necessidade de ir mais além do que a medicina convencional que move os estudantes deste curso e é um facto que encontraram nesta Escola uma cultura ocidental enraizada, que lhes permite, muito à custa da experimentação, apreender os pensamentos filosóficos do oriente e os conhecimentos médicos chineses.

O facto desta medicina não ser reconhecida em Portugal, nem na grande maioria dos países europeus, não parece ser razão de renuncia à vontade de aprender. Prova disso é que os mais de 250 alunos desta Escola Superior têm vindo a aumentar de ano para ano, ainda que o ensino seja privado e os custos nem sempre estejam adequados ao bolso de todos.

“Claro que gostava que a medicina chinesa fosse reconhecida em Portugal, mas, se até acabar o curso não for, existe sempre a hipótese de ir trabalhar para uma clínica”, declarou destemido Ivo Mendes, que admite ser possível ter que optar por exercer a profissão fora do pais. Essa oportunidade pode ser sugerida e concretizada a partir do estágio hospitalar de 6 meses que cada aluno tem que realizar, no quinto ano do curso, em Nanjing, na República Popular da China. Até lá, o curso em Portugal propõe um estágio clínico por ano, onde são desenvolvidas as diversas especialidades da Medicina Tradicional Chinesa (MTC).

“É uma das primeiras vezes que entro aqui”, declarou-nos Ivo Mendes à porta da clínica que fica dentro da própria Escola Superior. “Para o ano é que começo o meu estágio e aí sim, vou entrar aqui muito mais vezes”, acrescentou. Já lá dentro, fomos recebidos por Ana Varela, docente da instituição e médica especialista na clínica em questão, que começou por esclarecer que, ao contrário do que acontece na medicina ocidental, que se baseia em “radiografias e análises clínicas” para conhecer o diagnóstico do paciente, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) usa a observação como meio para chegar a esse diagnóstico.

Esta é feita a partir da “observação da língua e da face, da apalpação dos meridianos, da leitura do pulso e a partir da recolha de sintomas com uma determinada lógica, de acordo com o diálogo mantido com o paciente”, declarou Ana Varela. Deste modo, explicitou a professora, “é necessária uma prática enorme por parte do clínico e a questão da sensibilidade também se revela importante”. Em certos casos, “se o doente trouxer consigo alguns exames”, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) também se pode auxiliar do “histórico médico do paciente”, esclareceu, no entanto, este é visto apenas como um complemento.

Segundo a especialista, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) reúne um conjunto de disciplinas principais que se dividem no ‘TuiNa’ que é uma forma de massagem chinesa usada para estimular os pontos dos meridianos do paciente com a finalidade de equilibrar o fluxo de energia nestes canais; na ‘Fitoterapia‘, que por sua vez, tem como base de tratamento o uso de plantas naturais; na ‘Dietética’ que inclui para além de uma alimentação com regras, exercícios energéticos para o relaxamento; e no ‘Chikung‘, que é uma ginástica energética que tem como objectivo o desbloqueio da energia do corpo, procurando o bem-estar físico e mental; e na ‘Acupunctura‘, o método mais conhecido do mundo ocidental, no qual são utilizadas agulhas em pontos definidos do corpo para restabelecer o equilíbrio energético.

“Para mim a grande vantagem da Medicina Chinesa é permitir ir à raiz do problema”, declarou Ivo Mendes, elucidando-nos que enquanto a medicina ocidental “acaba por mascarar o problema”, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) tem por base o reconhecimento da base do problema físico que, diversas vezes, é do foro psicológico do doente.

“Se for preciso ensinar melhores hábitos de vida ou de alimentação, nós ensinamos” explicou Ana Varela, que acredita que a maioria dos casos acabam por encontrar curas “apenas com a alteração de hábitos comportamentais”. Para a professora e especialista de Medicina Tradicional Chinesa (MTC), “o grande objectivo é sempre conseguir que o doente encontre o seu próprio equilíbrio de acordo com o meio natural em que vive” e “torná-lo autónomo”, no sentido em que o paciente deve ser o principal observador dos seus desequilíbrios, de forma a poder diagnosticá-los e alterá-los sozinho. Para Ana Varela, o objectivo não é que o doente fique “dependente desta medicina” pois, os pacientes “são os melhores observadores deles próprios”.

Segundo a mesma professora, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) consegue “observar desequilíbrios antes da instalação da própria doença”, tendo assim um papel bastante importante nas questões da prevenção. “A medicina convencional só chega ao paciente depois do início da doença”, declarou, o que traz imensas vantagens a esta medicina. Apesar disso, Ana Varela esclareceu que, hoje em dia, “já chegam aos consultórios da Medicina Chinesa, imensos casos muito complicados que já passaram por todos os lados”, de pessoas que vêem ali uma ultima esperança. Nestes casos, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) tenta dar novas respostas ao doente para que a parte do “organismo que já tem desequilíbrios severos” possa vir a encontrar o equilíbrio. Estas respostas são dadas a partir de métodos completamente diferentes dos da medicina convencional e tendo em atenção a prevenção de novos sintomas “no organismo que ainda é considerado saudável”.

De acordo com a professora “ é unânime que a patologia da dor é talvez a mais procurada e aquela que tem mais sucesso de tratamento”, mas, actualmente, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) também é muito requisitada para o tratamento de “desequilíbrios emocionais e comportamentais, exactamente pelo facto de ter uma perspectiva holística”, explicou a professora. Ainda assim, as doenças mais comuns que recorrem a este tratamento são, segundo a professora, “enjoos, vómitos, más digestões, obesidade, infecções do tipo urinário, debilidades e cansaços de vários géneros”, reforçou.

Contudo, para Ana Varela torna-se importante esclarecer que as patologias da medicina chinesa diferem-se da medicina convencional. “Podemos ter um caso de diabetes que tem vários tipos de diagnóstico em termos da medicina chinesa”, referiu. Para a especialista o grau de sucesso do tratamento está dependente do paciente. A professora afirma que “no caso de patologias da dor tentamos em duas ou três sessões resolver o problema, mas muitas vezes temos que pedir à pessoa para que modifique a sua própria maneira de estar e estilo de vida”. De uma forma, a professora acha que se o paciente cumprir as recomendações, “há sucesso na intervenção, tanto que há que cada vez há mais procura”, sublinha.

Independentemente de todos os sucessos e de todos os avanços na Medicina Tradicional Chinesa (MTC), na Europa apenas Malta reconheceu e regulamentou este ramo médico. Em 1994, na Classificação Nacional de Profissões, as autoridades portuguesas admitiram a existência da profissão Naturologista-Acupunctor, definindo o seu âmbito de actividade (que não congrega as demais especializações das práticas orientais). Contudo, ao contrário do que já aconteceu em países como a Alemanha, o Canadá, a Austrália, os Países Nórdicos e a maioria dos Estados Americanos, ainda não houve a regulamentação do exercício desta profissão em território português.

Para a professora Ana Varela, o facto de Portugal ainda não reconhecer a medicina tradicional chinesa não depende só do governo pois, a profissional acredita que, "do governo português existe a vontade". Segundo a mesma, a prioridade deve passar por criar uma norma europeia que tenha expressão em todos os países mas, para isso “teria que haver mais países interessados em regulamentar esta prática medicinal”.

No ponto de vista da profissional, os países europeus detêm algum receio que sejam cometidos alguns abusos e excessos por parte de quem a pratica, visto que actualmente esta situação é cada vez mais evidente. “Se houvesse regulamentação as escolas seriam reconhecidas, o que seria vantajoso para a interacção com as pessoas. Isso não existe porque na própria área de medicina chinesa existem monopólios que não vêem com bons olhos o reconhecimento”, diz Ana Varela.

Em tom de brincadeira, mas mostrando-se preocupada, a professora e especialista das práticas orientais afirma que a medicina ocidental não concorda com o reconhecimento da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) pelo facto de acreditarem que deveriam ser os seus médicos a ter formação suficiente para procederem à aplicação desta medicina nos tratamentos receitados. “Claro que isto não é admitido por nenhum médico ocidental”, refere Ana Varela, mas o que é certo é que, actualmente, “alguns já incluem tratamentos medicinais chineses” na terapia aconselhada ao doente.

Apesar de todas as divergências e convergências não reconhecidas, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) sempre serviu de complemento à medicina ocidental. “Na China é completamente diferente porque nos próprios hospitais existe um compartimento dedicado a estas medicinas”, reconheceu Ana Varela.

Segundo a professora, “situações agudas entram e começam na medicina ocidental e depois, na fase de recuperação, vão para a medicina chinesa”. Ana Varela refere que existe um “intercâmbio muito grande entre as duas abordagens” neste país, relatando uma história em que a equipa dedicada à Medicina Tradicional Chinesa (MTC) foi chamada a uma operação a um doente que estava com o tórax aberto e que tinha soluços, que foram tratados com uma simples agulha “no sitio certo”, comentou.

Nós por cá utilizamos este complemento, ainda que de uma forma menos complexa, sem conhecimento da Ordem dos Médicos pois, como admitiu a profissional “sempre trabalhei com médicos da medicina ocidental que encaminham os seus doentes para aqui”.

Com cerca de cinco mil anos de existência, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) começa a ganhar bastante terreno nas sociedades ocidentais e a dar provas da sua credibilidade através dos excelentes resultados alcançados. A mais recente descoberta para o tratamento de doenças cerebrais, em particular a paralisia cerebral, no hospital Xi'An Brain Disease Hospital of TCM, na China, veio contribuir para a consolidação desta prática. O mesmo hospital prometeu a fazer uma parceria com as Clínicas do Dr. Pedro Choy, um prestigiado especialista em Medicina Tradicional Chinesa (MTC) que possuí uma vasta rede de clínicas em Portugal, onde esta medicina surgiu por volta da década de 80 e tem hoje cerca de 3 milhões de adeptos.

Baseada fortemente na filosofia paulista, esta medicina que, como refere Ana Varela, “trata doentes dos 8 aos 80”, tem em conta a relação que o Homem mantém com a natureza e com a terra, bem como o respeito pelas próprias leis naturais. “Esta medicina está muito ligada ao conceito holístico das coisas, ou seja, pressupõe-se que nada acontece por acaso. Existe assim, uma interacção entre o meio e o Homem, ou seja, o que nós fazemos influencia o meio e o que acontece no meio também influencia o Ser Humano, não só no seu aspecto físico, mas também mental e espiritual”, disse a professora da Escola Superior.

Segundo a mesma, uma série de outras teorias, com teor universal, também fazem parte da base histórica da Medicina Tradicional Chinesa (MTC). “A grande vantagem destas teorias é o facto de terem uma universalidade tão grande que, mesmo com a mudança dos tempos, continuam a ser actuais”, garantiu Ana Varela, acrescentando que só desta forma é possível “fazer diagnósticos exactos para os tempos modernos”.

A partir da observação das relações do homem com o meio ambiente, esta promissora medicina conseguiu formular as suas teorias e fazê-las vingar pelos cinco continentes. O seu único objectivo, o tratamento de doenças e a manutenção do bem-estar mental e físico dos pacientes, pode ser considerado limitado, quando comparado com os complexos tratamentos utilizados pela medicina convencional. Contudo, já dizia o pensador chinês, Confúcio, “se deres um peixe a um homem faminto, vais alimentá-lo por um dia. Se o ensinares a pescar vais alimentá-lo toda a vida”.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ser escuteira.


[podia tentar explicar, mas uma imagem vale mais do que mil palavras. No fundo, é por tudo e mais alguma coisa e a explicação sente-se até nos momentos mais complicados, não vale apena tentar transmiti-la em palavras.]


terça-feira, 13 de julho de 2010

Um dia...

"...juro que dou isto a conhecer ao mundo"
[Hoje é o dia!]

Hoje.

Hoje vem e não fujas, chega e permanece. Não apareças e desapareças. Pede-me para ficar, não digas que me levas a casa. Diz que será para sempre. Não faças com que não dê para mais.
Hoje vem, vem com querer. Deixa-me confiar, deixa-me abraçar. Não destruas ainda mais, não deites por terra tantos sonhos.
Hoje fica. Sê tu. E amanhã sê tu, outra vez. Mostra-me o que és e quem és. Sê verdadeiro, apenas isso. E amanhã continua a sê-lo.
Hoje quer-me, mas quer-me mesmo. E enfrenta, acredita. E faz-me acreditar.Hoje deixa-me ser eu, simplesmente eu.
Hoje procura-nos e faz com que sejamos nós. Vem e não olhes para trás.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Em "A minha Namorada tem Amnésia"...

[...Henry conquista Lucy todos os dias, mesmo quando a protagonista, que sofre de Amnésia, lhe pede para não abdicar dos sonhos dele!]

E não será isso que todos procuramos na vida? Coisas que nos façam apaixonar por elas, dia após dia, mesmo que não soframos de Amnésia também?

[e talvez seja esta procura incessante que me fez chorar, mais uma vez, do principio ao fim. Quando for grande, quero ter um namorado assim.]

sábado, 10 de julho de 2010

Sobre mim.

.Amo a Felicidade. Os amigos. Os amigos. E mais os amigoooos. Os mais especiais. Os de sempre. Os melhores amigos. O meu Bando dos Nove mais a nossa preta querida, que ficaram para sempre. A forma como nos completamos. A minha madrinha-gémea-melhor-amiga. Passear de mãos dadas com ela. Recordar tudo o que já vivemos juntas e acreditar que tudo o que construímos irá sobreviver às barreiras da vida. Saber que por mais que o tempo e a vida passe, seremos sempre as tais. Confiar nela por saber que estará sempre lá. A minha Liii. As idas para a escola, sempre atrasadas. Os almoços á pressa nas baguetes. As conversas conjuntas. Os avisos, os conselhos, o ombro amigo que tanto me faltava naquela escola. As saudades que teimam em continuar a aparecer e o quanto me fazes falta agora que estás longe. As promessas de ser para sempre. O meu André Januário. As loucuras que o caracterizam. Os banhos à chuva. O meu outro André. O mega ocupado. O mega divertido. A má influência. Os jantares em casa dele, que são sempre brutais. O escuteirinho com falta de vontade. O meu Phyl. O segundo guia. O que me viu crescer e que contribuiu para o meu crescimento. O que está presente em tantas loucuras. A minha Leiluxa. A que a vida cruzou no meu caminho. A mega querida e a das mensagens surpreendentes. A minha Joana d’Évora. As fotografias tremidas que ela tira. A ingenuidade que a caracteriza. O Ricardo. Os fanatismos e as obsessões. A minha Jô. A preta. A que faz imensa falta. Os escuteirooos. O meu Hugo. O meu pequeno absolutamente tão especial. As provocações e as criancices dele. O tanto que já vivemos, o tanto que partilhamos. Todos os meus outros putos, maravilhosos putos. O meu Zé Carlos, que tem vindo a ser das maiores surpresas. O orgulho de vê-los crescer. Aquele nosso mundo perfeito. O meu lenço azul mais lindo. As imensas anilhas, cada uma com o seu significado, que ele transporta. As saudades da simplicidade do pioneirismo. O lenço vermelho, cor do fogo. Tão desejado, tão temido. As actividades mais brutais. As lágrimas que teimam em cair. A responsabilidade tal e o não querer crescer obrigada. Os acampamentos. As noites com nove pessoas em tendas de seis. O céu estrelado. O sol radiante da manhã. Os dias de chuva e os dias de sol. Os fogos de conselho. As noites de reflexão. As caminhadas intermináveis. O companheirismo que só ali se vive. A certeza de que é, de facto, o mundo perfeito, apesar de ter tantas imperfeições. A dor da perda de tanta gente. O meu padrinho, o meu João. O irmão dele, o meu Paulinho. As badalhoquices e as conversas indecentes. O espírito brutal, o "estatuto". A Catjinha, a nova aquisição. A nossa miúda da tuna. O nosso rei e o nosso novo-rei. "O bom clã". A minha Ângela, a primeira guia. O quanto mudou, o quanto significa. As pioneiras spé-fashions. As músicas parolas cantadas no meio das ruas. O meu Possi. As lágrimas no seu ombro e as saudades. As antigas sextas-feiras de coro. O carinho incondicional da Sara e da Raquel. Os sábados á tarde de reunião. O meu mano. As aventuras escutistas que partilhamos horas e horas. As birras, os amuos, as discussões. Os sorrisos mais sinceros e o amor de irmãos. A Sara e a Andreia, que apesar de tudo, continuam bem guardadas. A Gago Coutinho. O Rocky. O SH1. A D. Matilde e a D. Albertina. A Ju, o Miguel e o Frazão. As manas. As aulas do 11ºano que eram a comédia. As pilas e os Rocky’s nos livros. As folhas rasgadas. Os trabalhos de grupo de inglês. As novas saudades de quando tudo parecia tão simples. A vida universitária, a melhor. A Lusófona. A minha Su, um amor inexplicável. O tudo, tudo que já representa. O tudo, tudo que já partilhamos. A minha Cathy, a Verinha e a minha Mica. O meu Espanhol, que cada vez faz mais sentido. As bebedeiras conjuntas, as boleias, "a escuteirinha e o partilhar". Os caloirinhos e os doutores. As cusquices, os boatos, o mal-dizer, as pequenas confidências, a ajuda incontrolável. O "géniooo!". Os almoços no Xiri, no café das brasileiras ou no bar de desporto. As viagens de comboio e de metro absolutamente desesperantes, com a Monikita. As (muito) poucas horas de sono em semanas de avaliações. O mundo do jornalismo, que começa agora e que quero para sempre. Chocolate. Saídas. Aniversários. Jantares. Noites inteiras loucas de dança. PoolParty. Cafézinhos. Noites loucas. Festas pimba. Quim Barreiros. Bombocas. Emanuel. Black Bombain. Mónica Sintra. Música. Dançar. Fotografar. Sorrir. Rir à gargalhada. Berrar até já não ter voz. Escrever para expressar sentimentos. Viajar. Conhecer sítios e pessoas novas. Fins de semana com amigos. Aljustrel. Reguengos. Porto. Paris. Sevilla. Algarve. Barcelona. Milão. Palma de Maiorca. Açores. Londres. Matalascañas. Gibraltar. Cádis. El Rosio. Férias. A minha Rita. As semanas de Verão com ela. Verão. Sol. Vestidos pequeninos. Praia. Areia e água do mar. Beijinhos salgados.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

{Fériaaaaas?!}

"Trabalhar para o bronze, tenho dito!"

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Descodificar círculos (im)perfeitos

A história dramática da paixão entre dois irmãos gémeos é relatada, de forma crua e surpreendente, no filme Como Desenhar um Círculo Perfeito. Guilherme (Rafael Morais) e Sofia (Joana de Verona) vivem numa velha mansão lisboeta, no seio de um família cujos círculos são completamente imperfeitos. Filhos de país divorciados, cresceram a partilhar experiências, no entanto, cada um encontra um caminho diferente para seguir rumo à adolescência. Sofia entrega-se à rebeldia e vive entregue à vida boémia. Guilherme tem uma personalidade mais reservada e retraída que vive entregue ao desejo de um amor correspondido com a irmã. O pai dos gémeos é um escritor francês, com problemas com o álcool, que passa os dias fechado num velho apartamento a desenvolver obsessivamente um novo trabalho literário. A mãe de ambos passa a maior parte do tempo afastada do núcleo familiar, de forma a tratar dos seus negócios obscuros. É neste clima de imperfeição que Guilherme procura resguardar a sua vida em círculos perfeitos, que demora a atingir. Vivendo à margem daquilo que é considerado normal na vida de um jovem, a personagem principal do filme resguarda-se num clima quase autista, quando, após a irmã o rejeitar, se refugia em casa do pai. O filme, do mesmo realizador de Alice, culmina no regresso de Guilherme a casa, para os braços da sua irmã que, na sua ausência, compreendeu a falta que o gémeo lhe fazia. O realizador, Marco Martins, apresenta nesta segunda curta-metragem características semelhantes do seu primeiro filme, considerado pela crítica como um dos melhores filmes portugueses de todos os tempos. O drama enfatizado em planos escuros, bem como a abordagem a questões socialmente relevantes são dos factores comuns às duas realizações de Marco Martins. Como Desenhar um Círculo Perfeito é um filme dedicado a paixões incestuosas que vai muito além do simples evidente. Em cerca de 95 minutos, na sua maioria mudos, de forma a dar relevância às acções e aos pormenores das personagens, o realizador conseguiu codificar o sofrimento dos dois irmãos gémeos com uma série de cifras que cabe ao espectador descodificar, interpretar e concluir. São círculos (im)perfeitos aqueles que acabam por fazer parte de todo o filme, ainda que, para Guilherme, seja relativamente fácil desenhá-los perfeitamente sem a ajuda de qualquer instrumento. É de forma íntima e silenciosa que o espectador se envolve num ambiente algo perturbador, mas também contagiante pela simplicidade das suas emoções. Podia ser simplesmente mais um filme sobre incestos, no entanto, acaba por se desmarcar de todos os outros pelo simples facto de captar o público para as acções com uma intensidade tal que o prende aos acontecimentos. Os cenários foram escolhidos pormenorizadamente, de forma a captar as emoções de cada personagem. O público fica rendido à reflexão do principio ao fim, devido a existirem uma série de simbologias por detrás de cada cena ou de cada acontecimento. Os pormenores revelam-se importantes na interpretação e é certo que por detrás de cada acção estão mensagens complexas que tornam o filme emblemático. É um risco que pode ser traduzido em más interpretações, uma vez que não é concreto e é necessário uma certa sensibilidade para o perceber. A história só por si é considerada interessante e poderosa, no entanto, é o ritmo do filme, que pode ser considerado por muitos demasiado lento, que acaba por traduzir a argumentação humanista e absolutamente fantástica. É necessário, no entanto, que chegue a um público atento e aberto a um certo tipo de filmes cuja acção é predominante. A curta-metragem de Marco Martins é, desta forma, mais um marco na história do cinema português que vem contrapor os críticos do mesmo. A maneira como se apresenta é, não só vanguardista, no sentido em que a maioria dos filmes nacionais não chegam ao público desta forma, como também metafórica, o que representa uma grande coragem do próprio realizador.
[crítica relativa ao filme Como Desenhar um Círculo Perfeito]