[Quando as ambições jornalisticas são perigosas, quando o jornalista deixa a profissão e encara uma personagem, quando mete em risco a própria vida, quando durante tanto tempo assume outra identidade. Quando deixa de ser quem é, quando passa a ser um herói. Quando o trabalho pode vir a ser, sem dúvida, recompensado.]
"Naturalmente, quem escreve isto não é um delinquente, nem um proxeneta, nem um sectário, nem um pró-terrorista...nem um nazi. Mas foi-o enquanto permaneceu no seio de um destes colectivos. Real, sincero, activo...autêntico. Só dessa forma é possível permanecer infiltrado durante meses. O trabalho de uma toupeira é similar à de um actor, só que no caso de cometer um erro, ninguém diz «cortem» para repetir a cena. E o erro dentro de certos grupos pode pressupor que não haja mais cenas."
[De António Salas, o pseudónimo de um jornalista infiltrado no movimento neonazi espanhol. @ Diário de um Skin.]
Juro que o homem é um génio! E pergunto-me se ainda se fazem jornalistas assim?! ;D
[e recomendo o livro a qualquer pessoa, mesmo que a capa choque quem vai sentado ao vosso lado no comboio!]
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